Tempo porque me foges?
Passas mais rápido, sem poder alcançar
quando com quem eu gosto quero ficar
passas lento quando nada tenho a fazer
És rápido a tocar
e no seu compasso
o meu sopro da vida
não consigo articular
Te agarro com força,
mas escorres sem fim
por entre meus dedos
porque foges de mim?
A juventude me levas
os prazos se esgotam
os projetos se atrapalham
e os sonhos se acumulam
Porque eu tenho medo de ti?
Porque em sua ausência
não digo às pessoas
o quanto gosto delas?
Um dia te laço,
te ganho e nas minhas rédeas
te ponho pra dançar
seguindo meu passo
Sonhos sonharei
projetos realizarei
e amores...
3 comments:
Outro texto que senti grande prazer em ler, fluido, simples, dançante, suave... parabéns! tenha certeza que vou sempre passar por aqui agora.
Beijos!
POis é... A velha relatividade do tempo... Ele age assim comigo também... Às vezes isso parece cruel, né?
Beijos
Olá!
Essa agrura do tempo. Inquietante fluir de diferenças e repetições que nos contróem e, às vezes nos destróem. Fugaz é o tempo na urgência, eterno no momento da espera, ele que é esse fio invisível sobre o qual nos equilibramos.
Compactuo, contigo, lamentar esse enigma que sempre o temos de menos, nunca demais.
Felicidades!
Cordial e virtual abraço, a ti, e aos teus amigos.
http://sonetosesonatas.blogspot.com
Evaristo
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