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Mesmo eu querendo ser igual
Já me disseram ser igual
Quando tudo o que eu queria era a diferença
Já fui de outro planeta
Quando eu apenas queria ser regular
Já fui taxado de ordinário
Quando o que queria era preservar minha diferença
Pra que pertencer a tantos mundos
Se não me encaixo em nenhum deles
Já fui completo e auto suficiente
Confiante, seguro e sorridente
Mas contigo meu mundo se abalou
O amor chegou e me pus inquieto
Em busca do seu afeto
As vezes me pego a pensar:
Quando essa vida se acabar,
Como irei para o céu?
Irei como um velinho de chapéu
Tal qual como estava moribundo
Ou irei eu como um jovem vagabundo
Sempre gosto de pensar
Que no céu irei chegar
Tal qual estava quando
Descobri o meu grande amor
E estava cegamente apaixonado
Sentia no peito seu calor
E tinha esperança de estar sempre a seu lado
Sempre gosto de pensar
Que no céu irei chegar
Tal qual estava quando
Aprendi a flauta tocar
Melodias surgiam
As primeiras notas a soar
E eu a me emocionar
Sempre gosto de pensar
Que no céu irei chegar
Tal qual estava quando
Na maior felicidade da vida me achava
E quando foi isso??
Espero esse momento ainda não ter vivido
E novas emoções poder viver
O baião tocando
Saia cumprida, linda a bailar
no salão rodopiando
menina parece flutuar
Remexe com jeito
não paro de olhar
No salão com essa menina
eu quero dançar
Te aperto de jeito
Te sinto no peito
Perco folego, perco o passo
Recupero num abraço
Te conduzo com delicadeza
Pé descalço, rosto colado,
Na ponta do pé
se acaba minha tristeza
Saudade do tempo em que tinha tempo pra falar do tempo Saudade do tempo em que o tempo passava mais devagar Saudade de tempos em tempos Saudade dos tempos de olhar pro céu Saudade dos velhos tempos pra ter tempo de falar do tempo
Raio de sol
Acordo, te vejo
Abraço e te beijo
Labio inchado,
rosto amaçado
linda à dormir
nos meus braços
à sorrir de olhos fechados
